Mulholland Drive PhD: Pretty huge DISCLAIMER sobre o filme-problema
apesar de tudo o que escrevi anteriormente, repito, para que conste nos autos deste blog, o que disse para o meu mui caro flatmate antes da sessão de mulholland drive (o qual ele foi ver pela segunda vez
para tentar entender):
mesmo que o excelentíssimo senhor diretor tenha, na cabeça dele e/ou no roteiro, alguma significação para todo aquele delírio, esse negócio de
entender o filme é uma grande bobagem. ou melhor: CADA UM ENTENDE À SUA MANEIRA. mente interpretante é isso aí, o resto é: a) leitor de orelha de crítica, ou b) vidente.
desta maneira, esse panfletinho que entregam na entrada do filme é, na minha opinião, uma grande imbecilidade, pois não somente parte do princípio de que, para gostar do filme, você tem que
entendê-lo (seja lá o que isso significa) e, pior, você tem que entendê-lo de uma única maneira, uma maneira "certa".
já ouvi várias interpretações do filme, todas bastante particulares: nenhuma me convence mais ou menos do que a outra. esta é a grande sacada do sr. davi que um público formatado pelo cinemão americano não consegue entender: que não haverá nunca nenhuma confirmação sobre o que
é ou
não é. o que há são interpretações mais ou menos "autorizadas". daí até hoje ter gente discutindo sobre
Twin Peaks.
eu, particularmente, não sou muito fã desse piração toda do sr. davi. gosto do jeito que o cara filma, a seqüência inicial do filme é um tesão, uma aula de direção e montagem da melhor forma possível. quanto à trama, seja o que eu entendi ou o que outras pessoas entenderam, não me diz muita coisa. mas essa é a minha opinião.
por isso mesmo, quem quiser assistir ao filme mil vezes, vá lá. mas se for para
entender, poupem seus bolsos. e quem achar que entendeu o sentido
correto do filme, também pode
me mandar um e-mail.