livro de areia - reloaded

mais vale um caralho de asas na mão do que dois voando

30.5.03

disclaimer

então, as bestas do blogger surrupiaram meu template mais uma vez. viva as novas tecnologias: elas servem para resolver problemas que você não tinha. como isto já aconteceu uma vez e, do jeito que veio, foi-se embora, vamos esperar que na transição para o tal do novo blogger esses incompetentes resolvam seus -e meus- problemas. enquanto isto, fico aqui, sem meu avatar ludo-cangaceiro aí do lado, e sem meus preciosos links.

então tá, então.


28.5.03

blogger filho da putaaaaaaaaaaa!!!

26.5.03

nem carne, nem peixe, nem flor que se cheire

faltou dizer -e a notícia já é quase velha- que pergunte ao pó, a obra fundamental de john fante, será relançada. ou foi relançada, sei lá. triste saber que dispensaram a tradução do lema, o cachorrolouco, que transcriou a história de arturo bandini num nem carne, nem peixe, nem flor que se cheire inesquecível.


notícias de uma guerra particular

não sei nem o que dizer. um arrepio percorreu meu corpo na hora que ouvi a notícia na globonews: almir chediak barbaramente assassinado. me lembrei de outras coisas horríveis, da irmã do pedro luís, em santa teresa, de todos os anônimos que morrem e mal viram estatística, do filme do joão moreira salles, que dá respostas a este caos bem antes d'ele se tornar tão público. me lembrei também do beijo no asfalto, do nélson. nem sei bem por quê.


perto dos corações selvagens

faltou falar de sábado. pois é, eu sou meio assim, tímida. ainda bem que ganho de presente do Acaso a convivência com pessoas aglutinadoras de gentes, como o roomate e a dona moça. e assim, meio magicamente, acabo conhecendo outras pessoas tão lindas.

fiquei encantada com aqueles moços tão simpáticos, inteligentes, doces, adoráveis. é sempre bom dar cara aos blogs. e descobrir -ou constatar, ou os dois- afinidades, pequenas e importantes, mesmo que seja apenas por rir das mesmas coisas, poder conversar sobre um ou outro tropeço pela vida, admitir o amor pela mesma balada romântica um pouco pós-infanto-juvenil. se não for desses pequenos fragmentos que se faz uma vida, não faço nem idéia do que pode ser.


25.5.03

samba-canção

ah, coração teu engano
foi esperar um bem
de um coração leviano
que nunca será de ninguém

(coração leviano, de paulinho da viola)

eu sei: sou eu que crio e habito minhas fantasias. mas isto é -necessariamente- ruim? me diz: é ruim?

cá com os meus botões, eu não sei, não. sobretudo agora que o fato está claramente diagnosticado. no passado, sim: no passado, quando eu elegia fulano ou sicrano ou beltrano como O Homem Da Minha Vida aos cinco do primeiro tempo, era problemático. numa dessas, criei a forma mais certa e eficiente de me frustrar, quebrar a cara, ou seja lá que nome deva ter isso, isso de descobrir que -putz!- não era nada daquilo.

hoje, é outra história. acho/espero/imploro. depois de ter dado com os burros enfaticamente n'água, da vez em que achei mais ter acertado, hoje, eu sei. não descobri sozinha, não teria descoberto sozinha nunca. o fato de ter conseguido não eleger um novo messias do coração solitário aos cinco do primeiro tempo, por mais incrível que pareça, já foi um grande negócio. e -rapaz!- que negócio doido, esse de querer com todas as forças que o dono dos olhos tais e tais, a quem você acabou de conhecer, trocar sorriso, telefone ou os dois, isso de querer que ele seja O Homem -pior- de saber com toda certeza que ele é O Homem, isso deve ser uma doença.

talvez seja bom manter essa vontade e criatividade como um hobby. um hobby de olhar para o cara da fila do café, distraidamente lendo kant, o cabelo enrolado, castanho-claro, caindo no rosto, os óculos escorregando no nariz, de calça cáqui e camiseta branca, sandálias, uma mochila surrada e uma ou outra ruga dos seus trinta e poucos anos, isso, de olhar pra ele e projetar uma vida inteira juntos, talvez deva sobreviver como um hobby. um que se insinua de longe, ao olhá-lo na fila do café, e que, diante de um olhar de resposta, pode ou não ganhar fôlego, e que nunca, mas nunca mesmo vai se transformar naquele recalque, naquele medo cretino de se envolver, como se fosse uma doença, uma associação criminosa, um erro, um defeito. pois -sei lá!...- vai que, numa dessas, o cara do café olha de volta. vai que ele também foi vítima de um, dois ou setecentos corações levianos, que também vai ficar encantado quando descobrir que você ouve rodopiando pela casa de paulinho da viola a led zeppelin, que chora assistindo ao jornal nacional, que ama cachorro, quer ter filhos e gosta de dormir abraçada. vai que.



24.5.03

os the juments

jumentos estão sendo assassinados cruelmente no interior do ceará. os bichinhos, outrora tão funcionais no transporte de coisas e gentes, agora, tornado inúteis pela aquisição de automóveis e veículos em geral, estão causando acidentes por ficarem plantados no meio das estradas do meu cearazim de meu deus. e não adianta nem gritar com os quadrúpedes: - sai do meio da rua, ô seu jumento!!! para eles, e apenas para eles, isto não é xingamento.

surreal foi ver a âncora do jornal hoje anunciando o problema com toda aquela objetividade e postura jornalística: - ele já foi muito útil no transporte de água durante a seca, e agora está sendo abandonado por seus donos. é o jumento. sei não, mas tive a impressão de ouvir ao longe um côro de mais ou menos sete milhões de cearenses em uníssono: - iiiiiiiiiiiieeeeeeeiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!

PS: mais informações: a matéria é antiga, mas serve.


festa estranha com gente esquisita

zero a zero. e logo hoje, quando deixei a dupla de psicóticos me convencer a usar o famoso decote, uma coisa peitos. não teria sido de todo ruim esbarrar com alguém interessante na festa. mas não: só deu um povo feio, publicitário, o ó. cineasta também não é muito melhor. entre careta e metido, irgh! uma pena. na antepenúltima festa na casa desse amigo, conheci alguém bem legal. hoje, o jeito foi trocar um dedinho de prosa com amigos, comer dois ou vinte torrones e voltar pra casa trocando entendiantes confidências com o ex-recém-amigo, ambos à procura, e com aquela leve desconfiança -leve medo, na verdade- de que o outro esteja se empolgando, tendo idéia de volta que, definitivamente, não tem nada a ver.

veja bem: não que eu estivesse esperando encontrar numa festa o messias da minha vida amorosa. no way. a noite, todos os gatos são pardos. só que hoje, até demais.


23.5.03

tolerância zero

comigo agora é assim: escreveu, não leu, o pau deixa de comer. captou?


22.5.03

os irmãos

o rock e o rap dizem 'eu sou o samba'


amiga libriana

É correto adequar-se a um padrão social que limita a felicidade humana? Ou ainda que pareça incorreto, seria melhor subverter essa ordem alinhando-se aos desígnios do coração? Esse dilema é básico e extremamente atual.
(quiroga)

e só agora é que você me diz isso, querido???


copom

eu só tenho uma coisa a dizer sobre a reunião do copom:

IIIIIIIIIIIIIEEEEEIIIIIIIIIIIIIIIIII!!!!!!!!!!!

e o que é que vai fazer com o vice que não se cala? quem mandou se aliar ao PL? quem mandou? quem mandou?


21.5.03

Depois de tanto amor. Seus dedos ainda conhecem meu rosto de cor? Você se
olha no espelho e me vê nos seus olhos? Sente meu cheiro impregnado nas
roupas, na cama, no seu corpo? Não. Você não consegue mais me olhar quando
acordo do seu lado. Vai ver talvez sua vida também tenha tido um corte e eu
não caiba mais nessa sua nova vida. Que começa do zero, como você disse.
Então ficamos assim. Você tem a cidade inteira para si. Os lugares, as
pessoas, as horas livres - todas as dimensões. Eu fico com o meu de dentro.
As pendências, os não-seis, os sinto-muitos. Ficamos assim então.


(Bruno Zeni, em O Fluxo Silencioso das Máquinas)


undo

a gente podia ter a opção de desfazer certos dias, atitudes, decisões...


cara de pau

e depois do curioso comportamento da mídia, reclamando da verve neoliberal do presidente, me vem fernandinho henrique olhar pro lula e dizer: que ele seja fiel a si e às pessoas que votaram nele?!? logo ele, aquele do esqueçam o que escrevi no passado?

uma única palavra: okaaaaaaay!!!


trabalhadores do mundo

e agora, os dirigentes do futebol brasileiro estão ameaçando greve. me diz, não, me diz aí se este não é o país da piada pronta, vai?


desabafo:

caralhodeasasvoadorinterplanetario!!!


20.5.03

force quit

okay, por hoje deu: option + maçã + escape em mim mesma(1).

restart pelo disco do sistema: hoje, só amanhã. ou não.

NOTA
(1) tecla sap para os reféns de tio bill: control + alt + del.


banho de sal grosso, com uns raminhos de arruda

depois que eu tiver uma conversa mais calma com são judas tadeu(1), vou pedir para ele falar diretamente com xangô, que, ao que tudo indica, anda tomando as dores de algum dos seus filhos por aí. se xangô não resolver, vou direto a antônio carlos magalhães, que talvez seja mais o caso de pedir uma trégua ao demônio do que um acordo com o céu.

agora, o seguinte, ô Todo Poderoso: mais uma dessas pra cima de mim e eu tiro a bíblia que está calçando a mesa da sala e a jogo na privada sem culpa, ceito, mano?

NOTA
(1) o santo dos desesperados, das causas perdidas ou sem solução e que, diariamente, já carrega o árduo fardo de manter o rubro-negro da gávea na primeira divisão. aparentemente, aliás, ele se desafogou de algumas outras insalubridades e voltou a ajudar meu time, atualmente na sétima posição do brasileirão. one down, one million to go.


antes do amanhecer

sonhei que um certo cineasta me convidava para ir a cannes com ele. a nado. será que já é hora de suspender as drogas tarja-preta?


19.5.03

pequeno bestiário amoroso: Anta de Babydoll(1)

a minha dúvida, em última estância, é: o que ele acha que eu sou? burra? muito burra? completamente burra? lobotomizada? acéfala? uma ameba? um pé de alface? um fungo? um mineral?

não, fofo: burra, não. sonhadora, romântica incurável, passional crônica, em eterna e arriscada busca dO Cúmplice, talvez. melhor isto do que conhecer toda a obra de tio freud e ainda não ter conseguido auto-diagnosticar a falência completa do superego. aliás, já sei que psicanalista recomendar. aos meus inimigos, claro.

NOTA:
(1) mais uma gíria trazida até você por onrrom, a irmã multi-vocabular.


dois pontos, abre aspas

só uma nota: eu a-do-ro as novas tecnologias. de que outra maneira eu teria conversas tão frutíferas e freqüentes com ela?


os astros

As coisas terminam, os relacionamentos acabam, as pessoas morrem, tudo conhece seu fim entre o céu e a Terra, não para que nossa humanidade se lamente, mas para que goze com a ressurreição que ocorre após qualquer fim.

quiroga, fofo: i'm waiting!


a volta do post envergonhado

atentendo a pedidos da realidade, ele voltou, agora em versão mais light:

dona moça, sossegue, o amor é isso que você está vendo:
hoje beija, amanhã não beija, depois de amanhã é quarta-feira
e nos fins-de-semana ele é PAMELA no trianon


sim, está mais do que comprovado: eu sou um ímã para palhaços & lunáticos em geral. o lado bom é que, agora, eu só dou risada. HAHAHA.


carpe diem

coisas que eu amo muito: tomar café preto numa linda manhã de domingo, almoçar com amigos muito queridos um gnochi a bolognesa numa tratoria italiana, ler diversos jornais e revistas na biblioteca do sesc pompéia, ver o maravilhoso show de teresa cristina e grupo semente(1), comer empanadas numa mesa de bar com mais amigos queridos e terminar o domingo lendo e conversando com meu lindo roomate na nossa adorável e amada casinha.

eu sou feliz.

NOTA
(1) grupo do meu futuro marido, joão callado, o moço do cavaquinho, dos olhinhos, dos cabelos, lindo, lindo, lindo de morrer!


18.5.03

quizás, quizás, quizás

Siempre que te pregunto
Que, cuándo, cómo y dónde
Tú siempre me respondes
Quizás, quizás, quizás


Y así pasan los días
Y yo, desesperando
Y tú, tú contestando
Quizás, quizás, quizás


Estás perdiendo el tiempo
Pensando, pensando
Por lo que más tú quieras
¿Hasta cuándo? ¿Hasta cuándo?


Y así pasan los días
Y yo, desesperando
Y tú, tú contestando
Quizás, quizás, quizás

(quizás, quizás, quizás, osvaldo farrés)


17.5.03

braz

saindo do meu botequim oficial, tive a felicidade de reconhecê-lo: renato braz, a voz mais linda da nossa música popular. eu saindo, ele chegando, uma pena. não me contive, olhei pra ele e o cumprimentei com um sorriso. sorriso de volta e olhares recíprocos até eu ir embora. cazzo! por que aquela mala-sem-alça teve que baixar na nossa mesa justo naquela hora? será que íamos continuar trocando olhares? só de imaginá-lo cantando ao meu ouvido um quero ficar com você e é tão fundo que eu posso dizer... dá um arrepio na espinha!... afe!


16.5.03

(das) pe(s)quenas coisas

dar carona à dona dulce(1), que acabou de fazer um eletro, rua purpurina acima, e dizer que vai torcer para que ela passe na prova, amanhã. ler o jornal na internet, com uma caneca de café forte, e a tevê ligada. ir à puc cantando mano a mano, de gardel, a dois. levantar a cabeça do prato do almoço e vê-lo olhando para você: - só te olhando. ler. estar em casa, sozinha, ouvindo os stones bradarem wiiiiiiild horses.

andar com a mão na do outro(2)

NOTAS
(1) dona dulcinéa. nunca a tinha visto mais gorda. ou magra.
(2) coisa muito especial. talvez só a tenha feito uma vez. talvez deva fazer de novo. não sei.


15.5.03

cabomgue!

ande, tonha! a maria do rosário caetano desceu o cacete na premiação de longa-metragem do cine ceará, hoje, no estadão. anrri!

é sempre bom alguém jogando m... no ventilador, mas, como não vi o grande premiado, amarelo manga, do doido de pedra do cláudio assis, e muito menos os concorrentes, não posso concordar nem discordar. agora, pelo discurso de nordestinada, insinuando que o juri foi bairrista, eu só posso mandar tomar no c... (logo ela, com aquele telhado de vidro todo???)

IIIIIIIIIIEEEEIIIIIIIIIIIII!!! (quem mandou não me chamar pro juri?)


iso 9000

daí, vêm o pessoal da eficiência e faz aquela perguntinha cretina:
- onde você se vê daqui a 10 anos?

e eu, invariavelmente, respondo:
- na praia, por quê?


como era gostoso o meu francês(1)

agitada rotina sócio-acadêmica: não apenas acabei de jantar com pierre lévy(2), como colhi dele uma citação que terei o prazer de colocar na minha dissertação:

- o interessante é que, quando o cinema surgiu, não foi considerado arte pelos artistas e intelectuais da época, mas apenas um entretenimentozinho menor. agora, os cineastas, se considerando grandes artistas, sentem-se no direito de dizer o mesmo do videogame: que não passa de um entretenimento banal. (Lévy, Pierre, 15 de maio de 2003, conversa pessoal) (3)

quer mais?

NOTAS
(1) tunisiano, na verdade.
(2) ok: jantar, no sentido de comer esfihas, kibes, coalhada e afins no arabesco de perdizes, depois do workshop com ele, e muito bem acompanhada de, entre outros, os zói azul da comunicação e semiótica. mesmassim.
(3) bem, não chega a ser uma revelação bombástica, mas, pô, a gente tem que tirar onda, né?



14.5.03

antes do panfleto, um versinho(1):

Trago comigo um retrato
que me carrega com ele bem antes
de o possuir bem depois de o ter perdido.


Toda felicidade é memória e projeto.
(poema, de cacaso)

NOTA
(1) em homenagem a waly. mas também a outro poeta, um que aplica velhos golpes, desde sempre e para sempre. seja como for.


12.5.03

um dia é pouco



parabéns pra você, meu amor
marquei a data no meu calendário
desejo que você seja feliz
parabéns pelo seu aniversário


só vou dizer uma coisa: taí uma pessoa que merecia uns 3 dias de aniversário. um dia só é pouco para alguém que vive tão... superlativamente.


amiga libriana

Hoje é um dia para você se cuidar. Nada é desculpa para adiar isso nem para abrir a guarda. Em volta, problemas, tensões, faniquitos, ultimatos, discussões -tudo o que o(a) irrita e você detesta. Hoje, é melhor ficar na sua, fazendo suas coisinhas, enquanto a tempestade não passar.
(bárbara abramo, folha de são paulo, hoje)

faniquito. é bem por aí mesmo.


11.5.03

infinito desejo

ah, infinito delírio chamado desejo
essa fome de afagos e beijos
essa sede incessante de amor
...

(de gonzaguinha, na voz de maria bethania, essa monstra)

trilha sonora de outros desejos, nem melhores, nem piores: diferentes. e viva a diferença, os erros diferentes, as emoções novas, os caminhos e descaminhos inéditos. e a vitória ante o medo de ousar e -talvez- se estrepar.com.br (arduamente conquistada, se é que).

(e, já que estou me redimindo perante sigmund, que meu superego saiba mediar as batalhas entre meus insondáveis delírios e minha racionalidade compulsiva...)



macroeconomia for dummies

entendi só tu-do. mesmo assim, recomendo o artigo do ex-ministro da fazenda, que batizou o famigerado plano bresser, só para reféns do UOL.


a voz de Deus - parte III (ou: the hills are alive)

por fim, Deus se fez saber uma derradeira vez, desta, para informar minha verdadeira missão na terra:

- the hills are alive with the sound of music.

e eu, tendo, finalmente, a ciência de que meu herege roomate nunca assistiu a the sound of music (aka a noviça rebelde), entendi meu propósito neste mundo. eu vi a luz.


a voz de Deus - parte II (ou: message in a biscuit)

e Deus veio até a mim, mais uma vez (desta, através do biscoito da sorte):
- você passará por um teste difícil que o tornará mais feliz.

jura, Senhor?


a voz de Deus

então, Deus olhou pra mim e disse:
- ahghwardhad lharhdgwhnard whhojdnah... POMBO!

e eu ouvi a Sua voz.


überich

será que -enfim!- vou poder dizer: "a psicanálise está me fazendo feliz"?
(espero que sim, e, de antemão, prometo me redimir diante do tio sigmund, por todas as vezes que não li sua obra completa. e pelo eterno e confuso diálogo entre meu ego, id e superego.)


10.5.03

êxtase

trauma? quem teve a chance de ler o post aí debaixo -que, de tão envergonhado, levantou e foi-se embora- pode tirar suas próprias conclusões. trauma, certamente. um medo enorme. não era nada daquilo. era o que eu pensava. ou muito melhor. ninguém sabe quando as bodas virão, se virão. eu não sei se estarei morando aqui, ou de volta pro cearazim de meu deus. ainda não sei quem ele é, a descoberta é -como não podia deixar de ser- aos poucos, fragmentária, não-linear. nem nos meus melhores planos poderia estar sendo assim e, daí, o enorme medo. agora, eu começo a ter o que perder. quero, mas não sei se consigo.




(o post que estava aqui, de tão envergonhado, levantou e foi-se embora...)


PDA: Dúvida

12h24. W.O.?


9.5.03

pequeno dicionário amoroso: Calor

pensamento solto. uma onda de calor se emana do bairro de pinheiros. não há frio que pare. ainda bem.


8.5.03

onde está waly?

choque. engasgando com o café, fui informada: morreu, de um câncer fulminantemente rápido, waly salomão. dupla surpresa: a morte e a falta de notícias. foi há alguns dias e ninguém sabe, ninguém viu. duplamente triste.

tá lá ele, agora, com suas calças vermelhas e seu casaco de general, ao lado de cacaso, leminski, ana cristina e outros malucos. no céu ou no inferno, sabe-se lá.

tchau, brother.

(ps: textim sobre waly. publicação não autorizada pelo autor, mas -espero- não se importe, não, faça até gosto. é lindo e trouxe até certas lágrimas aos olhinhos de cá. como não podia deixar de ser.)


recordar é viver


vanda, davi, renata e lady di. ô povo lindo!



SFC

agora é oficial: tenho um time em são paulo. santos futebol clube, graças a robinho, diego e seus comparsas. (mas nem se enganem, que este coração é rubro-negro e, diante do mengão, não tem pra ninguém. ceito, mano?)



pequeno dicionário amoroso: Beijo

volta à adolescência. freio de mão puxado e, mesmo assim, carro desembestando ladeira abaixo. ao redor, frio de outono, dia claro. aqui, palmas das mãos suadas, calor pelo corpo. todo.

pra quê pressa? devagar e sempre. com muito esforço.

lindo!


7.5.03

a rebimboca da parafuseta

o surfista prateado (a.k.a. "jument - II") tá dodói. tão delicado e compreensivo, fez questão de quebrar perto da oficina, e ainda mais perto de seu fulano, o motorista que estava esperando o patrão, e não apenas me ajudou a empurrar o carro -quer dizer, empurrou o carro ele mesmo-, como me fez a enorme gentileza de me dar carona até a oficina e depois de volta, junto com o mecânico.

na correria, indelicadeza minha, nem o nome de seu fulano peguei. mas fica aqui a homenagem. ainda tem gente assim no mundo. viva ele. fiquei com a sensação de que teria uma filha assim da minha idade e projetou o cuidado que gostariam que tivessem com ela em mim. ou é simplesmente muito humano mesmo. obrigada, seu fulano.

quanto ao surfista, o que quebrou foi a rebimboca da parafuseta. ou melhor, a bomba hidráulica do câmbio, pode ser? a facada nem vai ser das piores, mas para quem está tão dura quanto eu...

e como é que reaprende a viver sem carro nesta cidade? coisa vergonhosa, tsc, tsc, tsc...


6.5.03

indústria cultural

o ex-cineasta cacá diegues(1) realmente não se emenda. essa polêmica que ele gerou, chamando as novas diretrizes de política cultural de ameaça à liberdade de expressão, foi, no mínimo, um claro sintoma de sua contemporânea boçalidade.

poderia usar minhas próprias palavras, mas tenho as do mestre eduardo escorel (em carta aberta a cacá diegues), então, cito:

A argumentação da sua entrevista parece pressupor a defesa incondicional do modelo de produção cinematográfica baseado em financiamento através de incentivos fiscais. Não há, no entanto, ao contrário do que você afirma, nenhuma indicação concreta de que esse modelo seja capaz de resultar em um "cinema nacional auto-sustentável".

Ao chamar a si a definição de critérios, não creio que o governo federal esteja, necessariamente, ameaçando a liberdade de expressão. Em vez disso, não estará apenas sinalizando a disposição de assumir a responsabilidade que lhe cabe de responder pela aplicação de recursos públicos?

Quem pode ser contra a democratização do acesso à cultura? Quem se opõe à descentralização geográfica dos projetos? Quem nega a necessidade da inclusão social, da valorização da cultura popular, da promoção da cidadania e do desenvolvimento social das comunidades de baixa renda? Quem não considera essencial o fortalecimento da identidade nacional? Que cidadão brasileiro pode se opor a essas diretrizes da Eletrobras e de Furnas?

***

não tem yoga que segure meu ódio dessa (ex) esquerda (cada vez mais) festiva que, me desculpem os amigos da cidade maravilhosa, tem seu habitat natural sobretudo na zona sul do rio de janeiro(2). essa demonstração de prepotência me deu vontade de vomitar e procurar abrigo eternamente na carreira acadêmica, onde o dinheiro parece não ser suficiente para despertar tamanha mesquinharia(3).

NOTAS
(1) bye-bye brasil é de gênio. gosto até de um trem pras estrelas. mas depois de tieta, orfeu e deus é brasileiro, ele deixou de ser cineasta pra mim.
(2) preconceito, ma non troppo. o mestre eduardo escorel também habita a zona sul. nem tudo está perdido.
(3) eu sei, eu sei, é pura ilusão. pelo menos, trabalha-se menos. ou não?


pequeno dicionário amoroso: Balanço

liga. não liga. liga. não liga.

liga. para guardar esta mensagem, aperte o sete.
para ouvir esta mensagem novamente, aperte o um.
um.
um.
um.
um.

5.5.03

pequeno dicionário amoroso: Ansiedade

frio na barriga. quando, o reencontro? furtivo? casual? premeditado? o quanto antes?


4.5.03

terms of endearment



irmã & irmã


1.5.03

onrrom!!!

o caralhodeasas inc. traz para vocês, diretamente do cearazim de meus deus, niguém mais, ninguém menos que ela, a criadora da interjeição internacionalmente conhecida -onrrom!!!-, a primeira e única...

irmã!!!



quem quiser conhecer, que diga.